Hoje eu peço licença aos leitores para não comentar a parte técnica do programa. Qualquer coisa que eu diga vai resvalar na "babação de ovo". Ainda estou anestesiado com a competência do SBT de fazer um programa digno, uma adaptação totalmente livre da versão de maior sucesso da franquia 'Idol': o American Idol. Ídolos esta semana foi a cara do Brasil. A inteligência com que a equipe do programa lidou com o material que tinha em mãos é coisa para tirar o chapéu durante um bom tempo. Eu sempre quis pra este ano não um Ídolos. Mas um "brazilian idol", uma adaptação do modelo americano. Foi o que o SBT trouxe.Mas... sem aquele grupo de candidatos, não seriam possíveis programas tão bonitos, tão emocionantes e envolventes. Não seria possível fazer um "Idol" com a cara do Brasil. Se as escolhas do Top32 foram certas ou erradas, é tudo subjetivo. Mas, DEFINITIVAMENTE, temos um grupo com a cara do nosso país, representando todas as regiões, todos os sotaques, mostrando um país muito maior do que o eixo Rio-São Paulo. E mostrando que o nosso país não é uma sucursal dos Estados Unidos. Poderia ter sido feita uma cópia barata do (algumas vezes frio) American Idol. Mas não. Que me desculpem os americanos. Mas nós mostramos que nosso coração é MUITO maior.
Nota 10: Para Daniela Beyrute e Ricardo Mantoanelli. O trabalho deles na direção está irretocável.
Nota 1000: Para o show de fraternidade dos candidatos no teatro. Em um mundo tão intolerante, em um país imenso e de regiões tão abandonadas, ver pessoas de Santa Catarina abraçando outras do Rio Grande do Norte na mesma sintonia é, no mínimo, emocionante.
