quarta-feira, setembro 24, 2008

PRODUÇÃO PORCA DE ÍDOLOS NO WORKSHOP REFLETE PÉSSIMOS RESULTADOS NA AUDIÊNCIA

O "programa" que a Record apresentou ontem foi, no mínimo, um desrespeito ao telespectador. Penso se os produtores ficam satisfeitos assistindo aquilo na televisão. Vamos enumerar alguns erros:

1° Apresentador e o jurados sem naturalidade, com textos roteirizados e mal colocados;
2° Palco ruim. Uma cópia extremamente mal feita dos palcos do American Idol. A arena era pequena demais, não tinha um telão, não tinha a chamada "red room"(os candidatos ficaram numa espécie de "curralzinho" esperando a vez de cantar);
3° Péssima iluminação;
4° Jogo de câmera muito ruim. Pareciam amadores filmando um programa local de alguma cidade pequena;
5° Áudio de péssima qualidade. Mal se ouvia os jurados falando e os participantes cantando. A Record precisa urgentemente de um sonoplasta
6° A banda. Os fãs do programa sempre aguardaram o Ídolos com uma banda ao vivo. Mas com uma banda daquelas, é melhor cantar acapella. Os arranjos extremamente mal feitos. Pareciam músicas programadas de teclado. Onde estava a bateria? Os violinos? Backing Vocals? Os produtores da Record realmente assistiram algum episódio de um Idol de outro país para ver como realmente deve ser uma banda que auxilie o candidato a fazer uma apresentação impactante?
7° Como se não bastasse, esse programa cheio de erros ainda foi gravado.

Enfim, vamos falar dos candidatos agora, por que pelo menos alguns deles conseguiram a façanha de salvar a noite. Rafael Bernardo provou que é uma das melhores (ou a melhor) voz masculina da competição e se tem alguém que merece ir pro top 10, é ele. Geisi emocionou e cantou muito bem, ela tem um Q de Marina, de pop dos anos 80... Thais Barja foi abaixo do esperado, mas acima de muitos ali. Pecou na escolha da música, mas merece passar para o Top 10 por possuir, talvez, o melhor conjunto. Foi sofrível ver Calainho dizer que Maiquell era puro rock'n roll depois de vê-lo cantar NX Zero. De qualquer forma, o ruivo mostrou que tem potencial para avançar. Sarah Raquel e Ricardo Fé fizeram o dever de casa, apenas isso. Lorena mostou personalidade, mas o nervosismo atrapalhou na afinação. Allan ainda tem que estudar muito se quiser ser o que pretende. Não se cria um cantor lírico da noite pro dia. Pedrinho Black deve ser irmão perdido de Dani Black. Anima, levanta a galera, mas confunde cantar com gritar. Pra finalizar, o maior mico da noite: João Klaus. Realmente é um mistério um ser tão desafinado e sem presença de palco estar no Top 30. A performance dele só não foi pior que a performance da produção do programa.

É realmente uma pena ver que alguns candidatos tão bons estão sendo desperdiçados pela falta de competência da Rede Record. É quase impossível fazer uma apresentação emocionante e envolvente com uma banda daquelas e uma áudio daqueles. Parece que tudo fica meio "karaokê". A Record devia mandar um comunicado oficial se desculpando com os fãs da franquia, por que o que vimos ontem não foi nada mais que um programa amador. Podemos considerar 10 pontos (média de ibope que a record alcançou ontem) uma bom indíce, por que o workshop 1 do ídolos 2008 não merecia passar dos 3 pontos. Espero que a Record fique esperta e se toque que se não começar a mostrar o prometido show desde agora, a audiência só tende a cair.

Pra finalizar, se você foi uma das poucas pessoas que se animou a votar depois de ver preço das ligações (que estão extremamente caras e não fazem o telespectador querer torcer. Obs: um 0300 cairia muito bem) e ainda não decidiu quem te agradou mais, reveja os vídeos dos 10 participantes do grupo 1:







Um comentário:

Maysa Monte disse...

Agora entendi porque Idol foi traduzido para o plural Ídolos.
Com 4 finalistas desafinados o musicalmente iletrado povo brasileiro poderá escolher mais facilmente seu “ídolos”, como diria o Didi.
Ignorando a idéia original do Simon, que revelou cantores magníficos nos EUA (tolerância zero para desafinação) a produção sub-desenvolvida de um país cuja única escola que deu certo foi a escola de samba, conduziu o concurso até revelar uma moça sem nenhuma técnica vocal, um rapaz branco disfarçado de negro+ barítono de ópera e dois inseguros que às vezes acertam em meio a desafinação geral, quando não esquecem a letra.
Se um dia conseguirem uma formação básica de canto, estudando música, treinando o ouvido e aprendendo técnica vocal, espero que ouçam suas gravações e arrependam-se de terem cometido o pecado musical chamado “Ídolos”, grafado assim mesmo no plural, para expressar a força exponencial da inimaginável desafinação de 4 pseudo-cantores. Viva o YouTube que não me deixa mentir.